Acessibilidade: conheça as especificidades de um projeto mais inclusivo

Pensar em um projeto no qual pessoas com deficiência consigam circular e usufruir dos ambientes da casa pode ser um diferencial para a sua marcenaria

Por Redação | 18 de fevereiro de 2020 às 17:30

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Ter alguma deficiência ou dificuldade de locomoção pode ser algo desafiador, mas você pode fazer com que pelo menos em casa seu cliente se sinta mais seguro e confortável, com acessibilidade. Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência física, o que equivale a quase 4 vezes a população da cidade de São Paulo.

Por isso, pensar em acessibilidade para os seus clientes é pensar em inclusão e em criar a noção de pertencimento. Para isso é indispensável que o seu projeto tenha preocupações como segurança, conforto e adaptação para as pessoas com deficiência (PCD) terem uma autonomia maior dentro da própria casa ou até mesmo para seu cliente receber visitas que sejam PCD.

Mas, afinal, o que é acessibilidade?

Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae),  “acessibilidade é o conjunto de condições e possibilidades de alcance em que o mobiliário e os equipamentos devem proporcionar a maior autonomia e independência possível e dar ao cidadão com deficiência ou com dificuldade de locomoção o direito de ir e vir a todos os lugares que necessitar, seja no trabalho, estudo ou lazer”.

A acessibilidade ainda tem o objetivo de garantir mobilidade, flexibilidade, coordenação motora e percepção para pessoas com deficiência. Pensar em acessibilidade é também pensar em atingir um número ainda maior de clientes.

Como adaptar os móveis visando à inclusão social

A adaptação vai sempre depender de quais sãos as restrições da pessoa com deficiência. Por esse motivo, é muito importante que você tire absolutamente todas as dúvidas com o seu cliente. Não tenha medo de perguntar! É melhor deixar o projeto bem redondo com perguntas que parecem óbvias do que enfrentar refações no futuro.

Você pode começar adaptando portas. Para pessoas que têm a mobilidade reduzida, é ideal que você faça um projeto com, no mínimo, 80 cm livres. Agora, se a porta for de correr, é importante que não haja trilhos no chão, para não atrapalhar a passagem. Dessa forma, você pode colocar a trilhagem na parte de cima, presa em roldanas.

Além disso, é muito importante que as maçanetas sejam de alavanca para facilitar na hora de abrir a porta.

Créditos: Dicas de Decor/ Thelashop/ Wayfair

Ainda na questão de mobilidade, manter a área de circulação livre é imprescindível para proporcionar independência à pessoa. Por exemplo, você precisa lembrar que uma pessoa que usa cadeira de rodas sempre precisará do eixo de 360° para circular pelos ambientes. Então, é importante que, ao projetar móveis como estantes e mesas, você leve em consideração o espaço que estes itens vão ocupar.

Para a cozinha, por exemplo, é importante que a pia e o fogão fiquem a uma altura de 73 cm a 85 cm para que seja confortável utilizá-los e haja uma visão geral para cozinhar e lavar a louça. Dito isso, não é recomendado que você faça armários embaixo da pia, pois este é um espaço dedicado ao encaixe da cadeira de rodas. Como solução para isso, os armários devem ser instalados entre 40 cm e 120 cm do piso. O mesmo serve para mesas e gaveteiros.

Créditos: Arquitrecos/ Design Innova

Com essas dicas você já consegue adaptar os móveis dos ambientes ou começar a criar novos projetos que incluem essas condições. Fazendo isso, você leva muito mais do que funcionalidade até o seu cliente. Proporciona também independência e, consequentemente, felicidade.

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